segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Anjo navegador
Minha caravela é o vento para entrar pela tua janela
Fazer esvoaçar teus cabelos, molhados, pintados a aguarela
Navego pelas nuvens, flutuo no horizonte
Percorro os teus pensamentos, alma misteriosa e errante
Elevo-te na proa de um sonho, numa tempestade de sentimentos
Sou a sombra do imaginário, um anjo nos teus momentos
Quero ser o teu ego, sentir-te num toque invisível
Numa amalgama fervilhante, de uma paixão incontrolável
Sou um anjo navegador, o teu fantasma do amor
A percepção do amor
Falar é fácil, e esquecê-lo?! O amor é complicado, e ignorá-lo?!
Como o posso definir sem a sua beleza denegrir…
Que não basta adorá-lo mas sim aproveitá-lo…
O que nos move no dia a dia, o que nos dá força e energia
Que trespassa uma montanha com uma vontade tamanha
Vou querer gritar e ao mundo espalhar
Que nas minhas veias percorre como para o mar um rio corre
O aumentar da emoção, o pulsar da paixão
Sem me preocupar em conter o dom de dar e receber…
Falar é fácil, e esquecê-lo?! O amor é complicado, e ignorá-lo?!
Natureza cruel de temperamento ameno, suave brisa deslizando como um tufão
Numa tempestade de imagens alucinantes
Arrastadas num simples sopro e assustadoras como um trovão
Rasgando esse lençol, envolto em recordações de outrora
Rompidos pela linha do tempo talvez em parte alguma
Sem saber que o homem também chora
Como balões vagueando em suas cores num espaço á deriva descolorido
Num céu acinzentado e sem vida desprendo com euforia o passado
Afundando com ele o inútil e o que passou despercebido
A elevação da alma num estado gasoso envolto em floreados
Sem perder a calma num ambiente tenebroso
Entre os perdidos e achados, lá no cimo nas alturas
Com um ar de gozo desafiando o racional
Provocando tonturas no sentido da consciência
Único em mil e tal, deslocando-se sobre a luz ascendendo á turbulência
A elevação da alma nos confins daquela esquina
Qual galáxia esquecida, qual dose de estricnina…
Se não sabes o que fazer, não renuncies aos teus ideais.
Faz o que tem que ser feito porque por ti alguém jamais o fará
O futuro…esse lá está e o tempo não perdoa
E se parares, desiludires ou desmotivares
Considera-te um animal que simplesmente hibernou
Para quando acordares te aperceberes do vazio que de ti se apoderou
Amor e dor
Cada vez que me lembro de ti, toca-me a amargura toca-me a saudade,
Por não te ter ao pé de mim, num banho de suor no calor da tarde.
Como num só corpo se tratasse, posto de parte o orgulho e a vaidade
E o chegar ao rubro num êxtase total, coisas que a memória não esquece.
Anseio por te ver e anseio por te ter, mas diz-me que tem o teu olhar
Umas vezes tão profundo, outras tão frio, de tal modo me consegues enfeitiçar
Eu não mostro aquilo que não sou, coisas que nunca ias entender
Talvez por não ser vulgar, coisas que nunca vais compreender
Com palavras te conquisto e com palavras te afasto
Mas nunca me faças sentir como sendo apenas um bom pasto
O amor tem dessas coisas, nem todas boas nem todas más
Mede no prato da balança… mas simplesmente não vás!
A feira dos sonhos
Isto é a feira dos sonhos
Passam á nossa volta como um carrossel feito de papel
Como uma alucinação num dia de verão
Á nossa espera como uma esfera que rebola como uma bola
Isto é a feira dos sonhos
Que sobrevoam as alturas onde se desloca num avião de cartão
Que aterra talvez noutra era, de foguetões pilotados por anões
De teni bota que comiam bolota
Isto é a feira dos sonhos
Da imaginação em aberto que te eleva da terra para os ares da serra
Que sente o vento e lhe dá o alento, de um boneco que grita o seu eco
Para um valente que se julga fluorescente
Isto é feira dos sonhos
Que vai fundo como um submarino a brincar com o sonar
Na rota certa de escotilha aberta,
O marinheiro queima os pés no braseiro da avozinha que toma banho na cozinha
Isto é a feira dos sonhos
De um mosquito a cavalgar numa bala, chateado por estar despenteado
Disparada para um pato que substituía um prato
E o careca olhava e via que falhava mas no chão caía um satélite que nascia
Isto é a feira dos sonhos
Onde nos deixamos de conhecer, onde o nosso outro lado canta o fado
Onde se personifica em personagem maldita
Onde se vende gato por sapato, e um vulgar pesadelo faz crescer cabelo
Isto é a feira dos sonhos
E que escrevo aquilo que me apetecer, onde a ironia se transforma em fobia
Onde o sarcasmo é como um orgasmo
E por aqui termino… porque tudo o que sobra é banha da cobra!
...E o destino está feito?
Qual a ponte que une o verdadeiro da falsidade
Qual o sentido dessa frieza como um bloco de gelo se tratasse
Diz-me o que sentes realmente, apanha-me na tua teia
Dá-me o calor do teu abrigo, desprende o medo e a fobia
Que se passa afinal entre nós dois
Afastarmo-nos agora para nos juntarmos depois…
Aquela parede invisível com que choco quando avanço
Parece uma barreira intransponível que me diz que eu não posso
Ponho de parte o inatingível tal o meu desejo é tão forte
Quero estar contigo e eu sei que é possível
E o destino está feito? Quero quebrar o defeito
Me entregar no teu leito e sonhar com um amor perfeito
Por detrás de um olhar
Aos poucos a luz vai entrando pela cortina entreaberta
nasce mais um dia despertando os desejos adormecidos
corrompendo sonhos que por uma noite pareceram reais
invadindo e percorrendo todos os meus sentidos
como que ganhando forma de uma realidade dispersa
porque depois da lua nasce o sol e uma vontade imensa
meus olhos abrem com um brilho especial e sem pestanejar
inflamando a vontade de quebrar essa tristeza que teima
rompendo e rasgando a desilusão forçando o acordar
disparando a adrenalina da conquista merecida
tão forte e tão frágil como a expressão de um olhar
das emoções num turbilhão e que elevam a vontade
a um estado de transparência cristalina e de verdade
Sonhos de uma criança
Ao fundo da rua está uma menina de costas voltada
Seus cabelos lisos pela cintura, espelham sua formosura
Lágrima na face, expressão triste,
Respiração ofegante com um olhar distante
Lá em baixo no vale, ela observa luzes de mil cores
Girando e rodopiando num corrupio…
E balões, muitos balões presos por um fio
E tudo para mim ficou sem graça ao ver aquela menina angustiada
Peguei-lhe pela mão e disse-lhe…vamos então!
E suas faces coraram e seus olhos brilharam
Naqueles momentos voltei a ser criança
Riamos que nem uns perdidos e brincamos sem parar
Corremos, pulamos, saltamos até o parque fechar
Deixei-a com os seus pais ao fundo da rua onde morava
Que nem por falta deram por um ser que ansiava
O carinho e a atenção que lhe faltava
Na memória não me ia esquecer aquela menina de costas voltada
Abriu-me o seu tenro sorriso ao mesmo tempo que chorava
Ao levantar-me ao mão para um adeus que lhe custava
Na alegria de um palhaço, no rodar do carrossel
A música e o reboliço, fazem de tudo isso a mágica fantasia
Dos sonhos de uma criança nem que seja por um só dia
The Beauty of the spring
Wake up in the morning with the himn of the birds
Feel the smell in the air and the essence of the flowers.
A strange sensation through your body on the mix of feelings
The adrenaline grows up inside you, like a sunshine behind the windows
Can you feel it? The magic of the spring
Can you feel it? The real taste of living
The happiness of the green fields touch your heart like one breeze
A state of mind free like a blue sky, the beauty of life this is
Enjoy the country life far way from civilization
Where the air is so pure until the arrival of men destruction
Can you feel it? The magic of spring
Can you feel it? The real taste of living
Vida consumida
Sente o teu coração e ouve o que ele te tem para dizer.
Não te autodestruas vivendo com esse amor eternamente preso dentro de ti.
Luta por ele, não deixes que ele se perca.
Sonhas com algo que a tua imaginação deseja,
Mas que do mesmo modo a torna distante demais,
Para seres tu própria a usufrui-la.
Cada vez te afundas mais na solidão, sujeitando-te ás meras banalidades
Da vivência humana. Acorda e sê verdadeira.
Cria o teu próprio caminho, embora isso te possa fazer sofrer,
Porque mais tarde encontrarás a recompensa.
Confia na sorte porque o destino és tu que o fazes.
Pega na tua integridade e faz com que te respeitem
Tal como és e como deverias de agir.
Não te sintas só nem te deixes ir abaixo,
Não te isoles do mundo nem deixes que te abandonem.
Chora nas tuas amarguras e sorri nos teus bons momentos,
Mas nunca te envergonhes das lágrimas que verteste
Nem dos sorrisos que espalhaste.
Afinal, ninguém é melhor que ninguém…
Tempos auspiciosos, esperança, felicidade, amor e paixão…
Dor, desespero, força de viver, ilusões e incertezas…
É difícil admitir ao tempo as fases e o consumir de uma vida,
A vida de uma mulher…
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