segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A feira dos sonhos

Isto é a feira dos sonhos
Passam á nossa volta como um carrossel feito de papel
Como uma alucinação num dia de verão
Á nossa espera como uma esfera que rebola como uma bola

Isto é a feira dos sonhos
Que sobrevoam as alturas onde se desloca num avião de cartão
Que aterra talvez noutra era, de foguetões pilotados por anões
De teni bota que comiam bolota

Isto é a feira dos sonhos
Da imaginação em aberto que te eleva da terra para os ares da serra
Que sente o vento e lhe dá o alento, de um boneco que grita o seu eco
Para um valente que se julga fluorescente

Isto é feira dos sonhos
Que vai fundo como um submarino a brincar com o sonar
Na rota certa de escotilha aberta,
O marinheiro queima os pés no braseiro da avozinha que toma banho na cozinha

Isto é a feira dos sonhos
De um mosquito a cavalgar numa bala, chateado por estar despenteado
Disparada para um pato que substituía um prato
E o careca olhava e via que falhava mas no chão caía um satélite que nascia

Isto é a feira dos sonhos
Onde nos deixamos de conhecer, onde o nosso outro lado canta o fado
Onde se personifica em personagem maldita
Onde se vende gato por sapato, e um vulgar pesadelo faz crescer cabelo

Isto é a feira dos sonhos
E que escrevo aquilo que me apetecer, onde a ironia se transforma em fobia
Onde o sarcasmo é como um orgasmo
E por aqui termino… porque tudo o que sobra é banha da cobra!

Sem comentários:

Enviar um comentário